Redação Brinde-SE
3/10/2022
Estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) feito na Vinícola Terras Altas, localizada em Ribeirão Preto (SP), demonstrou que variações de atributos de parreiras de um mesmo vinhedo resultam em uvas (e vinhos) com características diversas.
O estudo foi feito em vinhedos de syrah e avaliou duas safras, 2020 e 2021. Foram acompanhadas duas pequenas zonas de manejo e analisados inúmeros aspectos da produção, relacionados ao solo e às plantas. A comparação entre uvas e vinhos produzidos a partir delas permitiu identificar distinções bastante específicas, como número de cachos da parreira, compostos que dão sabor e aroma ao vinho, acidez, entre outros.
“As informações são estratégicas para a vitivinicultura de precisão e para o manejo de vinhedos, porque a partir delas o viticultor pode tomar decisões quanto à condução diferenciada de práticas agrícolas utilizadas no cultivo de uvas. Uma delas é a colheita seletiva”, disse o pesquisador da Embrapa Luís Henrique Bassoi, em matéria publicada no site da Embrapa. Foi ele quem orientou a pesquisa, conduzida pela engenheira agrônoma Larissa Goldarelli Farinassi.
“Utilizamos os resultados dos estudos, a colheita seletiva de determinadas áreas dos vinhedos já se tornou uma realidade. Os ganhos de qualidade são percebidos no campo e estarão na taça do nosso consumidor”, afirmou o diretor da Vinícola Terras Altas, Ricardo Baldo.
A Casa Verrone, que fica em Itobi (SP), também serviu de base para experimentos semelhantes. Também à Embrapa, o proprietário da vinícola, Márcio Vedovato Verrone, reforçou como a pesquisa pode, de forma prática, ser valiosa na tomada de decisão do vitivinicultor.
“Neste ano, por exemplo, foi necessário entrar no vinhedo em que o trabalho de pesquisa está sendo realizado para uma colheita antecipada. Conforme os resultados obtidos pela pesquisa nos anos anteriores, tomamos a melhor decisão de qual parte colher primeiro”, revelou.
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